sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Desabafo deprimente

Odeio-te mas apercebi-me que não foi culpa tua. Não posso culpar-te por um simples olhar. Doí-me imenso perceber que aquele momento não significou nada e só houve significado na minha cabeça.
Odeio-me por estar a fazer progressos, depois da carta despedida que escrevi e bastou um olhar para esquecer todo o sofrimento que causaste-me e voltei a estaca zero. Mas hoje deste-me mais uma prova para não ser parva e perceber que aquilo não significou nada. Deixei-me levar por algo que não existia. Não posso culpar-te por um olhar que não foi intencional e que nem sequer deves ter apercebido. Mas hoje deste a prova que foram coisas da minha cabeça. 
Fizeste-me sentir a solidão. 
A solidão não é algo que se sente quando estamos sozinhos mas sim quando estamos rodeadas de pessoas, é nesse momento que a solidão aparece para atormentar-nos. 
E foi esse sentimento que fizeste-me sentir hoje. 
Estavas todo contente a falar com pessoas que fazem o que querem de mim, enquanto estava ali sozinha numa solidão tremenda. 
Até ele, que estava ao teu lado reparou e tentou meter-se comigo para não sentir tão sozinha enquanto tu nem quiseste saber. Mas uma atitude vale mais do que olhares e isso mostrou-me que preciso continuar a lutar por esse sentimento, que quero retirar dentro de mim. Tive uma recaída mas não posso culpar-te, foi culpa minha por não ter um raciocínio lógico e deixar as emoções falarem mais alto. Mas penso que isto até foi bom acontecer. As vezes é preciso doer bastante para conseguirmos enfrentar a realidade.

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