Retrospetiva de 2020

Sinto que este ano foi muito mais produtivo que os outros. Aprendi coisas novas, descobri novas paixões e li bastante. A minha lista de favoritos cresceu bastante neste ano. Voltei a escrever o que vai na alma e foi um alivio. Sinto-me bastante bem quando escrevo. Comecei um novo projeto e tenho outros projetos em preparação e em mente. Comecei nesta pequena aventura como um escape ao meu trabalho que tem um ambiente bastante tóxico. É algo que motiva e dá-me alegria. São projetos que tem capacidade para evoluir. Percebi que a minha saúde mental como a física anda a degredar-se devido ao stress, a ansiedade e da toxicidade das pessoas que tenho lidar no meu dia-a-dia no trabalho. Até o meu próprio médico aconselhou-me a mudar de trabalho e procurar algo que dê melhor qualidade de vida, para o meu próprio bem. É um objetivo que tenho para o próximo ano.

Fortaleci laços de amizade que estavam esquecidos. Descobri pessoas que dão uma energia positiva e boa. Sinto que cresci bastante a nível pessoal e tornei-me forte. Ao isolar-me abafei as vozes que gostavam de definir-me como pessoa, ao estar mais vezes sozinha consegui descobrir quem realmente sou e não aquilo  que os outros afirmam. Fez-me ter mais confiança, algo que nunca imaginei que iria ter. 

A filha da minha colega, teve em contacto com outra criança infetada com Covid. A inteligente da minha colega ignorou a questão da quarentena, e foi para fora com a criança e mais x pessoas para celebrar a passagem de ano. Porque na cabeça da dita cuja a festa é mais importante do que a saúde dos outros.
Pessoas assim é o que há mais por aí. 

As minhas colegas cansam-me mais do que deviam. São umas sugadores de energia, fico sempre cansada ao falar com elas.

 

Posso considerar que esta é uma das minhas frases favoritas e que ajudou-me bastante a refletir. 
Ao viver, num mundo onde a maior parte das pessoas são insensíveis, sem empatia pelo próximo e com um ego de inferiorizar os outros, é fácil sermos apanhados num turbilhão de emoções nada positivas.
Falo por experiência própria. Desde que lembro-me, deixei que os outros pudessem inferiorizar-me, as minhas necessidades eram inferiores comparando com as deles. E senti-me sempre que não era merecedora de muita coisa. Mas depois de ler esta frase, ajudou-me a refletir e dizer não. E comecei a mudar lentamente.
Ao lidar com pessoas mesquinhas no meu dia a dia, vi que elas não são mais do que eu, e quando tentam inferiorizar-me porque sou o alvo mais fácil, significa mais o quão horrível são como pessoas do que eu ser um alguém inferior.
Por isso, é que sou reservada. Não escolho qualquer um para entrar na minha vida, quando menos souberem e mais afastada estiver melhor para a minha saúde mental.

Elogiar com segundas intenções não é um elogio

Uma colega minha ficou com a ideia de ter uma má imagem após um conflito que teve com outra colega. E de um dia para o outro, começou  enviar mensagens elogiadoras a  mim e a outro colega, a dizer que fazemos um bom trabalho e a agradecer-nos.
Como sou ingénua, acreditei e fiquei bastante agradecida. Mas deveria duvidar de alguém que já demonstrou ser uma pessoa horrível. Ter uma boa ação de um momento para o outro não era bom sinal. As palavras também podem ser falsas. E foi o que aconteceu! As palavras eram uma falsidade.
Ela teve o descaramento de dizer-me que fez isso com o objetivo de mostrar a chefe as mensagens que mandou e que assim demonstrava ser boa pessoa e não alguém conflituosa. E até poderíamos dar um bom feedback dela.
Isto foi um abre olhos! Quando pensava que já tinha visto de tudo as pessoas conseguem sempre surpreender-me. Já sabia que ela era uma falsa, mas pensava que a falsidade poderia ter um limite mas afinal enganei-me.

Olá Dezembro

É nesta altura que sento-me ao pé da lareira e da árvore natal, a ler um livro e deliciar-me com uma caneca de chocolate quente. 
É o meu momento perfeito.

Intuição

Há algum tempo atrás, numa troca de emails com um moço no trabalho, reparei que tinha o mesmo nome que um colega meu na faculdade. Mas como era um nome comum não dei importância. A troca de emails continuavam, e nunca tínhamos estado em contacto pessoalmente. Aquela pessoa deveria ser uma cara estranha, escondida por detrás de um email. Mas algo cá dentro dizia-me que ele não era um estranho e que era o meu colega. Tinha uma certeza absoluta que era ele! É algo que não consigo explicar. A minha intuição afirmava-me que era ele sem ter provas em concreto.

Hoje tive a prova que aquilo que sentia era verdade.

Uma das loucas das minhas colegas, está sempre a passar os temas dela para mim, com a desculpa que não tem tempo de tratar do assunto. E a ironia das ironias, é que quando precisamos de uma mãozinha, tem a desculpa de não conseguir ajudar porque os temas não são dela.
O conhecimento dela,  deve-se muito a mim, por ter perdido o meu tempo a bater com a cabeça para perceber como os processos funcionavam para depois explicar-lhe. E no final, é ela que está a levar os louros todos. O trabalho todo chato passa para mim e recebe a medalha por fazer um bom trabalho.
O mundo é mesmo dos espertos!

Escrever

Desde pequena que tenho uma força vontade de escrever sobre tudo. Lembro-me em miúda de ter vários diários, onde, dedicava-me a descrever o meu dia a dia na escola, como sentia-me e os meus desabafos. Parecendo que não, ajudou-me bastante a lidar com várias emoções. Foi aí que percebi que adorava escrever. Não escrevia para os outros, escrevia apenas para mim. Até cheguei a escrever cartas imaginárias que foram só lidas por mim e agora encontram-se no fundo de uma gaveta qualquer. 

Sentia uma ânsia por escrever, queria escrever todos os dias e a toda a hora. Até cheguei ao ponto de querer continuar mas não ter nada para dizer.

Ao longo do tempo, esta pequena paixão foi desvanecendo. Os textos iam diminuído até chegar ao dia que acabou de vez. Tive muito tempo sem escrever e guardei as minhas emoções a sete chaves. O que não foi muito boa ideia, com um turbilhão de emoções dentro de mim só fez-me mal. Mas por coincidências da vida, uma amiga deu-me um empurrão para criar este cantinho e comecei outra vez a escrever. 

Senti um alivio assim que mandei tudo cá para fora. Foi como renascer, foi bom.

Contudo, não durou muito tempo, tal como aconteceu antigamente, os textos no blog começaram a ser escassos ao seu tempo. As emoções foram acumulando, causando-me um mal estar. Assim que comecei novamente a escrever os meus desabafos, consegui sentir-me bem. No último post, estava bastante stressada e assim que desabafei tudo o que sentia, fiquei mais aliviada. Notei que fez-me bem. Desta vez, não quero deixar isto desvanecer. 

Escrever é terapêutico. 

Quando cheguei ao trabalho após as minhas férias, estava em paz e bem comigo mesma. E bastou só dois dias para meter-me numa pilha de nervos. Só dois dias!

Em apenas dois dias ouvi barbaridades atrás de barbaridades. Para começar, tive que ouvir as queixas de uma colega sobre outra. E o mais irónico é que ela queixa-se dos outros enquanto ela própria faz a mesma coisa. Queixa-se que os outros vão as compras ao invés estarem a trabalhar remotamente. Ela também faz o mesmo! E teve o descaramento de o dizer a mim enquanto precisava dela. E o mais revoltante, é que neste tempo de pandemia, tive sempre que arriscar e ir trabalhar para o local de trabalho, enquanto ela não. Desde que isto tudo começou, nunca meteu os pés no local de trabalho, porque é uma pessoa de risco e sendo alguém de risco tem que ficar a trabalhar a partir de casa. Mas no seu entender, ela é só de risco para ir trabalhar, porque para ir as compras ou para ir passear com as amigas já não se considera uma pessoa de risco e faz tudo a grande.

Hoje, pediu-me ajuda no trabalho com a desculpa de ter tanto trabalho que nem consegue ir a esteticista fazer a depilação. 

E queixa-se que os outros estão a fazer coisas durante o trabalho, enquanto ela admite que queria ir a esteticista no horário laboral. É irónico!

E além disso, ela é daquelas pessoas que são difíceis de lidar. Quando as coisas não estão como ela gosta ou se tivermos o azar de nos enganarmos em alguma coisa, somos invadidos por uma gritaria. 

Foi o que aconteceu-me hoje e fiquei numa pilha de nervos. Tenho que admitir, não gosto de conflitos, e nem sei lidar emocionalmente com essas situações. Principalmente, com pessoas que são umas peixeiras. Estava em uma chamada com a dita cuja, e durante a conversa descobri que enganei-me a fazer uma coisa e comuniquei. E de repente parece que estou a falar com uma maníaca e não com uma pessoa civilizada. Começa com uma gritaria infernal e faltou-me ao respeito. Ao contrário dela, fui mais inteligente e respondi sempre educadamente e sem levantar o tom de voz. E com esta atitude, não consegui acalmar a louca. Tive que ter uma atitude mais extrema, ignorar. E foi aí, que a louca parou de gritar e começou a falar normalmente. Foi uma situação bastante complicada. E fiquei completamente esgotada. Não sei lidar bem com pessoas que são idiotas. Não foi um comportamento nada aceitável e nem profissional. Só mostrou ser uma pessoa desequilibrada, e com falta de profissionalismo.

É com isto que tenho que lidar no meu dia a dia. A minha sorte é o meu refúgio literário que salva-me destes loucos.

As férias passam a voar

Nestes dias que passaram, senti uma lufada de ar fresco, estar longe de um ambiente tóxico faz milagres. Sinto-me como nova e parece que renasci. E acrescentar o meu escape literário, só ajuda na equação da felicidade. Mas ao pensar que vou voltar outra vez a lidar com aquelas pessoas deploráveis, sinto-me logo agoniada. 

Não é assim tão mau estar em casa

Com este novo confinamento ao fim-de-semana, tenho mais tempo para os meus projetos pessoais e para os meus livros. 

Já antes desta pandemia, não era pessoa de andar muito fora de casa. Sempre preferi o aconchego do meu espaço, na companhia de um livro ou de um filme. Não sou um bicho lá muito sociável, e prefiro o sossego do que a barafunda. Estar no silêncio no meu espaço é algo divinal, pelo menos para mim. Se sair de casa, prefiro ir caminhar pelo meio do bosque, ou ir ler para um espaço calmo.

Os livros oferecem um escape à realidade, com isso, nunca sinto um tédio. É difícil para mim, aborrecer-me quando estou fechada em casa. 

Sei que para muitos isto não é bem assim. 

Cada dia que passa sinto um ódio a crescer dentro de mim pelos os meus colegas. Não consigo gostar deles, nem como profissionais e nem como pessoas na sociedade. Principalmente um, que nem sequer tem raciocínio lógico e sente orgulho em admitir que anda sempre bêbado e a cair para os lados nas festas da empresa. O moço é uma personagem triste, que gosta de apontar os dedos aos outros enquanto comete erros mais graves. As vezes, deixamos passar coisas no trabalho por falta de atenção, são coisas que acontecem! Somos todos humanos e errar é humano. Mas o moço vê as coisas acontecerem e mandam que ele reporte a situação, mas ele ignora e passa a frente. Isto é mau profissionalismo! E a querer apontar os dedos aos outros enquanto tem lacunas dessas! Isto diz muito sobre a pessoa em si. 

Eu acredito no karma, e acredito que a nossa postura no universo irá ser retribuída conforme a mensagem que enviamos. E acredito que o karma do moço é enorme! E quando vier, será em força!

O direito de férias é um direito que todos nós merecemos. E sou apologista que devemos marcar as férias de acordo com as nossas necessidades e quando quisermos e não ser quando a chefia bem entender. Parece que no meu local de trabalho, marcar férias é uma blasfémia! Parece que as férias é sinal que somos preguiçosos e não queremos trabalhar. Muitas vezes, até sinto-me mal em ir de férias, porque sinto que estou a transmitir a mensagem que sou uma pessoa preguiçosa e que não quer fazer nada e nem trabalhar. O que torna esta atitude parva! Muitas vezes, sinto que deveria agradecer aos meus chefes, porque estão a fazer um favor em dar-me um emprego, é o sentimento que eles transmitem. Mas a triste realidade é que trabalho bastante e sou mal paga. Nem consigo sustentar-me sozinha só com o meu ordenado. E se falar em férias é visto como algo de mal por parte da chefia. Sinto que sou uma escrava ali dentro.

Mais uma semana de trabalho prestes a começar! E irá começar com uma "caça às bruxas". Tenho um colega que pediu para sair do projeto, pois, estava a sentir-se desmotivado. Não participava em reuniões, retiraram-lhe as férias para os outros poderem ir de férias e andava só executar o trabalho. Chegou a um ponto que não aguentava mais e queria algo desafiante. E teve coragem de fazer aquilo que ainda não consegui fazer! Sair daquele ambiente tóxico! E agora a chefia quer fazer uma investigação na equipa para mandar as culpas da saída do moço para cima de alguém. O que é irónico, porque o principal culpado é a própria chefia! Mas seguindo o raciocínio lógico deles, alguém tem que levar as culpas! Agora é ver quem é que eles vão escolher o culpado. Estamos todos com a corda no pescoço.
Sinto remorsos, devido ao desespero dos dias que passei por ali, desabafei demasiado com pessoas que não são de confiança. O que pode tornar-me num alvo fácil para levar com as culpas. Podem acusar-me de desmotivação do colega ao invés de motivar. O que é parvo! Mas vindo dali, já espero tudo!

 Escrever os meus devaneios tem sido uma terapia para mim.

Há momentos que apetece-me gritar para o mundo e contar a pessoa horrível que és! Se pudesse removia tudo o que interligava-me a ti. Não queria ter nada relacionado a ti. Muitos sabem da pessoa horrível que és, mas o narcisismo que está entranhado em ti não faz ver esses teus erros. Tu és a perfeita e o mal é os outros. É difícil lidar contigo e é um pesadelo aturar as tuas loucuras e as birras infantis. Mas tento sempre dizer-me que és uma pessoa com uma doença mental que não quer ser tratada, e desta forma tento minimizar a dor, mas não é fácil...

 Passar estes dias no meio da natureza é carregar as energias e curar a alma.

A semana que passou, tive um colega que esteve de férias. E notei que a sua ausência no trabalho foi algo divinal para mim. Não sentia cansada da energia negativa dele e senti-me muito mais feliz no trabalho. Notei que o tempo passa bastante rápido quando ele não está. Quem me dera que ele fosse embora.

Aqueles que não gostam de ler

Sendo uma leitora bastante ávida, troço sempre o nariz quando alguém diz com orgulho que não gosta de ler. Há várias razões para alguém não gostar de ler, mas a que mais faz-me comichão é quando admitem com orgulho que não gostam. 

Crio sempre uma imagem negativa da pessoa, muitas vezes tento não ser assim tão julgadora dos outros mas é complicado, é algo mais forte do que eu.

Consigo aceitar que não tem tempo para procurar algo que gostam ou simplesmente admitir sem orgulho que é algo que não puxa. Agora, sentirem orgulho por isso é uma blasfémia para mim.

Nem todos podemos ter os mesmos gostos e hobbies, mas ao admitir com orgulho por algo que faz bem à alma e pode ser considerado uma fonte de conhecimento, é algo que deixa-me sempre estupefata. 

Tenho dois colegas no trabalho que já admitiram com orgulho que não gostam de ler. E ao analisar os hobbies deles e o que fazem com o seu tempo livre não é algo de ser admirado. 

Uma gosta de festarolas e o outro vive para as redes sociais e só vê os programas não dignos da televisão. Também mostraram ser pessoas superficiais e daquelas que não interessam a ninguém. Um deles até admitiu que as pessoas não formadas não são inteligentes e pessoas com tatuagens são burros. 

Mostraram ser pessoas com mentes fechadas, que pensam que são os mais inteligentes mas no fundo só são tristes.

No inicio já tinha uma imagem bastante negativa e esses pontos só vieram provar aquilo que penso deles. 

Bem tento em acreditar que há pessoas por aí, que quando admitam que não gostam de ler com orgulho, no fundo podem ser boas pessoas, mas o padrão que encontro diz-me sempre o contrário.

Bem-vindo Outono!

Adoro o Outono! 

É sinonimo de leituras ao pé da lareira, maratonas de filmes de terror, chocolate quente, chás, camisolas super fofinhas e longos passeios pela natureza. É o tempo ideal  para ficar mais cozy.
Nesta altura fico feliz, só porque é Outono!

Esta semana foi uma semana cheia de emoções, desavenças com colegas que consumiram-me a energia e muito trabalho.

Tenho um colega que tentou meter as culpas em cima de mim, até que chegou ao ponto de ele estar a discutir comigo, afirmar que o dia 31 de Julho não existe no calendário e que esse dia era impossível ter estado a trabalhar porque não existia. Foi completamente ridículo! Bastou um simples clique para provar o quão ridículo ele estava a ser! Nem um pedido de desculpas deu pela própria estupidez. Tentei meter para trás das costas, comportei-me com ele como normalmente, mas foi complicado porque mostrou sempre uma atitude azeda. É complicado lidar com loucos! Tentou entalar-me várias vezes e deu respostas azedas, quando fazia uma pergunta simples, tal como, se vinha almoçar com a equipa. Tentou achar-se mais inteligente e superior a mim, mas a triste verdade é que só mostrou o quão estúpido é! Só por pensar que é mais inteligente do que os outros só porque sabe decorar coisas é triste! Provou que tem um problema raciocínio lógico. Tentou entalar a equipa para que fossem hoje trabalhar, sem receber nada em troca, só porque era mau aspecto dizer que não. 

Não quero focar nele e nem nesta situação, quero reaproveitar a energia que tenho para focar nos meus projectos pessoais e no que realmente interessa.

Pensei em escrever sobre o dia horrível que tive hoje, mas acho que não vale a pena. É meter para trás das costas e seguir em frente. É fácil um extrovertido apontar o dedo para a uma introvertida. É fácil mandar a culpa e tornar-se arrogante. É fácil de arranjar desculpas para não aceitar a opinião do outro. Mas acredito no karma e sei que no fundo sou uma melhor pessoa do que ele.

Olá desconhecido

Aquele olhar intenso deixou-me a pensar... Será que és tu pelo quem anseie este tempo todo? Ou será que és mais uma ilusão? 

Marcas-me com aquele olhar intenso e depois desapareces por dois dias. Dois dias sem sinal de ti é uma tortura para a minha alma. Deixas-me cheias de esperanças que poderás ser aquele por quem esperei este tempo todo e depois desapareces...

Os colegas novos que entraram já perceberam que há ali pessoas que não fazem nada. Pelo menos não sou a única a ver as coisas.

Hoje o Blog faz 7 anos!!!!

O tempo passa tão rápido e já lá vão 7 anos. Isto para mim é uma eternidade! Ao ler textos antigos vejo o quanto cresci como pessoa, é tanto que já não consigo identificar-me com os post's da altura.

Não me arrependo de ter criado este pequeno lugar, só fez-me bem e cresci com ele. É um sitio onde guardo as minhas memórias, os meus desabafos deprimentes e consigo ver o meu crescimento.

Há 7 anos muita coisa mudou na minha vida. Hoje posso afirmar que estou mais feliz do que na altura. Sinto-me bem comigo mesma, enfrentei muitos demónios internos e aprendi imensa coisa. 

Espero que venham mais anos!!!!

 Tenho que admitir, estou completamente viciada em podcasts. 

Sinto-me feliz e bem! Os meus projectos pessoais dão-me ânimo e força. Sinto que não vivo naqueles dias monótonos, o hoje era igual ao de ontem. Quando acabo um pequeno projecto, sinto uma energia a crescer dentro de mim e a querer mais pequenos projectos. Além disso, sinto que estou activa e que ando a fazer mais coisas do que antes. Continuam a surgir diversas ideias para meter em prática, o único travão é o tempo que tenho, mas isso não me desilude, pelo contrário sinto uma força enorme para ir para a batalha. E foi a maneira que arranjei para combater a depressão e o stress do meu trabalho. Andar com a mente ocupada, para esta não andar a vaguear por caminhos que não se deve.

Trabalhar com uma pessoa não proativa é uma dor de cabeça

É um pesadelo trabalhar com pessoas que não tomam iniciativa em nada. Não sentem a curiosidade de explorar e nem sequer processam a informação no sentido lógico. Esta semana tem sido dolorosa para mim, estar sempre a ser chateada para saber o que faz com a aplicação de gestão e a pessoa em questão não guarda a informação e nem processa. Com os documentos à frente, é preciso estar a dizer tintim por tintim. Até chegou ao ponto em que tive dizer que tinha clicar na seta para andar para o lado para ver mais informação. Quando tive com a aplicação à frente não tive ninguém a explicar-me, tive que aprender sozinha, fui proativa e tive perspicácia de perceber os conceitos. Não fiz as coisas só por fazer, como se fosse um robô que tivesse programado só para clicar em botões. É complicado, quando ela não sente a curiosidade quando está a visualizar o informação no ecrã e nem anda com a seta para o lado para ver se encontra aquilo que quer. Tenho que ser eu, a dizer clica na seta e irás ver mais coisas. Eu explico as coisas e parece que não processa o que digo. Não consigo perceber, como há pessoas assim. Eu aprendi a explorar e a bater com a cabeça nas paredes, e ela a cada passo pergunta-me o que fazer. Até tive que dizer para fazer scroll down na página, ela nem teve a audácia de visualizar a página toda para ver se encontrava a informação. E tem mais sorte do que eu, porque agora existe documentos com essa informação e mesmo assim não chega lá. É uma dor de cabeça trabalhar com pessoas assim.

Voltar ao trabalho

Hoje, custou-me horrores, o dia passou muito lentamente, mas consegui abstrair-me dos loucos. Após, uma louca ter se armado em esperta, respirei bem fundo e meti para trás das costas.
Às vezes penso que trabalho num asilo. 

Nestes últimos dias tenho estado num processo de introspecção e tem sabido bem. Ando com várias ideias e projectos pessoais a decorrer, o que faz-me sentir viva. É uma maneira que arranjei para combater a minha depressão. Muitos não dão o devido valor à saúde mental, mas é algo que precisamos de cuidar. Uma depressão não se cura com simples palavras "Mete isso para trás das costas!". É muito mais do que isso! O mal da sociedade é desvalorizar as doenças mentais, como se uma depressão fosse um maluco que vemos nos filmes de terror. É difícil  de os outros perceberem e verem com outros olhos o que realmente é.

Nestes dias de introspecção, dei por mim que ando a ser muito ingrata com a vida. Refilo muito do meu trabalho e das pessoas loucas que lá andam, mas tenho que admitir que sou uma sortuda por neste momento ter algo que pague-me as contas. Por causa, desta pandemia, muita gente ficou sem o seu ganha pão e anda a passar dificuldades.

Tomei a decisão que tenho estabelecer limites da minha vida profissional  e não deixar que consuma-me o espírito e a alma, é algo que necessito de fazer para o bem da minha saúde mental. 

É penoso ter que levar com as loucuras das minhas colegas, das injustiças, mas tenho que ser grata por ainda ter um ordenado (mesmo que seja mal pago) na altura que estamos a enfrentar. Há pessoas por aí a fora que encontram-se numa situação bem pior do que a minha! Que querem dinheiro para poderem comprar comida e não tem. Por  isso, tenho que sentir grata e estabelecer limites, ignorar as loucas e não dar o devido valor, porque elas não merecem. Menosprezar a opinião delas e fazer o meu trabalho, porque ao final do mês é isso que vai pagar-me as contas. Um grande desafio que vou ter, é não deixar ser menosprezada por elas, tenho que erguer-me e não deixar que fazem de mim o que querem. Ser mais inteligente do que elas e jogar a meu favor. É algo que não faz parte de mim, mas é necessário para sobreviver naquele tipo de ambiente. Fazer o meu trabalho, ficar na minha e dedicar-me em silencio aos meus projectos e ideias. Assim, quando as coisas melhorarem, é procurar um lugar melhor.

Depois do que fiz por ti, por ter estado do teu lado e agradeces-me com uma falta de respeito. Como se a culpa fosse minha! Não gostaste do que ela fez! E não foi nada bonito da tua parte teres descarregado a tua frustração em mim, só por ser o alvo mais fácil. Enquanto, sempre tive do teu lado e a defender-te. Mostraste que és uma pessoa sem valores e arrogante. E mesmo assim, por gostar tanto de ti acabei de dar um tiro no pé. E mesmo assim, menosprezaste-me, ignoraste-me, quando tento permanecer do teu lado e dar apoio. E apercebi-me com esse tiro no pé as consequências que posso vir a ter, e nem vales isso! Estou cheia de medo do que pode vir acontecer, fui parva ao te-lo feito, porque não merecias, alias, não mereces nada! E a pessoa que realmente fez-te mal, não fizeste nada e preferiste descarregar em cima de mim como se fosse um saco que pudesses dar pontapés e murros. Doeu-me bastante! Mas mostrou o que realmente tu és! E sei que mereço muito melhor do que isso.

Desiludiste-me bastante AF.

Quero estar bem apresentada não no sentido para agradar-te mas para mostrar que estou bastante bem e feliz sem ti!

Nestes dias ando a fazer uma retrospectiva interior, analisar a minha reacção a certas situações, e aquelas que considero que não tive uma boa atitude, tento aprender da melhor forma e a analisar como poderei fazer melhor quando tiver que enfrentar novamente. E sinto com isso consigo crescer e evoluir como pessoa. Mas as vezes com o stress, posso não ter a melhor atitude e ando aprender a lidar com isso para contornar essa situação.

Se ele não faz um esforço para ver-me não vou ser eu a fazer um esforço para ir ter com ele. 

Ter amor próprio é importante!

Entraram dois colegas novos para o sitio onde estou. Já estão na empresa há algum tempo e como os projectos onde estavam acabaram, vieram dar uma mãozinha onde estou. E no pouco tempo que ali estão já se aperceberam das injustiças que há por ali. É tanto que eles próprios estão a ser alvos de injustiças. Tiveram que desmarcar as férias de verão (férias que já estavam marcadas antes disto tudo acontecer) para ficarem a tomar conta do local de trabalho enquanto o resto da equipa vai de férias. O mais irónico é que só tem dias de experiência daquilo, ainda há muita coisa para eles aprenderem. E não me sinto bem em ir de férias sabendo que há pessoas que foram negado o direito das férias para eu e as minhas colegas poderem usufruir das férias. E uma das colegas novas é do grupo de risco, até tem uma declaração médica a dizer que ela tem que fazer tele trabalho. Mas a "chefe" desacreditou-a e devido autoridade dela, ela não se sente bem em submeter a declaração aos recursos humanos, não quer arranjar mais problemas com ela. Notaram também que a gestão das pessoas é baseada no medo.

E antes de irem para ali, foram informados que ia haver rotação mas aperceberam-se que foram bem enganos que rotação de pessoas não existe ali. Também já aperceberam que as colegas que estão em casa não fazem nada e estão a ficar frustrados, tal como eu. Já estava "habituar-me" a essas injustiças para comigo, mas ver outros a serem alvos disso e não ser capaz de fazer nada sinto-me mal. É desgastante ver essas coisas acontecerem e não conseguir fazer nada. Enquanto os outros vão de férias para o bem bom, aqueles desgraçados estão ali entalados com o trabalho.

Quando estava a trabalhar sozinha na empresa e o resto da equipa em casa, a chefe não podia fazer rotação com a desculpa que eu é que tinha mais experiência ali e não podia trocar-me com os outros colegas, mas para a equipa poder ir de férias já não importa meter ali pessoas com dias de experiência a fazer o trabalho. Sinto uma revolta enorme com isto tudo.

E as colegas que se encontram a trabalhar remotamente ainda tem o descaramento de dizer-nos que estão a poupar imenso dinheiro com o tempo que estão em casa, não gastam combustível e mesmo assim recebem as despesas da deslocação. 

É tanto que uma delas está a trabalhar em casa por ter o sistema imunitário em baixo e que não pode deslocar-se ao escritório porque é um risco enorme. Mas pode ir às compras durante o horário do trabalho, como já chegou a dizer-me que não respondeu logo porque teve que ir às compras. Para ir para a empresa que é um local controlado onde as pessoas são testadas regularmente é um risco enorme para ela. Mas ir a um centro comercial ou hipermercado onde não se sabe o que anda por lá já não é um risco enorme e o mais irónico é que ela tem quem faça as compras por ela. E a outra que tem a declaração médica tem que estar no local de trabalho a trabalhar.

Isto é tão desgastante a nível mental e stressante lidar com essas injustiças. Começo a ver que o mundo é o lugar dos espertos. 

Viver um dia de cada vez

Pensei em que levar o não ia fazer-me sentir uma miserável. Mas a realidade é que estou a lidar muito bem com a situação. Sinto que retirei um peso de cima de mim e sinto-me muito mais leve. A incerteza estava a torturar-me, mas com o teu não essa incerteza foi silenciada e  agora sei que a única coisa a fazer é seguir em frente. Vou dedicar aos meus pequenos projectos e viver um dia de cada vez. E pela primeira vez na vida, sinto esperança que o tal ainda está por aí e que vou encontrar um dia.

Já dou razão ao meu colega mesmo não concordando com ele, dou-lhe o prazer de pensar que está certo e que estou errada. 

Não tenho forças para estar ali a debater com coisas que não vou ganhar nada com isso. Deixo para lá e não quero saber. Ele pensa que ganhou o debate ou que lhe dou razão mas no fundo discordo completamente com ele. Mas não vou estar ali a discutir pontos de vista quando o outro lado não quer ver. Já não quero saber e nem sequer dou importância, há coisas mais importantes. Ele tem uma opinião e eu outra e deixo-o falar sozinho.

Não vou deixar afectar pelos julgamentos dele. Não sabe nada sobre mim e claramente temos divergências no pensamento lógico. Não é aquele olhar julgador que vai deixar-me a pensar que sou má pessoa ou que sou má profissional, porque sei que não sou. Tento educar-me e tentar perceber novos pontos de vista e adoptar novas ideias ao invés de passar o tempo a ver tiktok e fazer vídeos para conseguir um número máximo de visualizações, algo que ele faz. Não quero criticar o rapaz por escolher dedicar o seu tempo a essas coisas mas isso não faz que ele seja melhor do que eu com aqueles olhares julgadores.

Eu não sou aquilo que faço

Eu sou muito mais do que o meu trabalho. Os meus colegas não sabem muita coisa sobre mim, além da minha chefe, que antes considerava como amiga, até aperceber-me que afinal não era assim uma boa pessoa para ser amiga. Os meus desabafos eram expostos aos outros, como se fosse uma coisa perfeitamente normal, ela não via nada de errado nessa situação. Até que, tive recuar e começar a cortar laços. Nos dias de hoje, já não falamos como antes, somos meras conhecidas. Ela é a minha chefe e eu a sua subordinada. Até prefiro assim, aprendi que é difícil criar relacionamentos de amizade no trabalho e que as coisas nunca são o que parecem. Ela podia ser a pessoa que mais conhece dali mas a realidade é que parece que não me conhece de todo. Quando comentei que gostava de ler, não acreditaram em mim, até tanto que a minha suposta "amiga" acusou-me de mentir e de querer parecer intelectual. Isto é uma prova que não conhecem quem eu sou. Eu não sou aquilo que faço ou que mostro ser profissionalmente, eu sou muito mais do que isso. Achei piada também de as pessoas comentarem que fui uma criança bastante protegida, enquanto não sabem nada da minha vida. Não sabem que os meus pais passaram dificuldades para criarem-me que eu até aos 16 anos tive que dormir numa sala porque não tinha quarto. Elas não sabem nada do que passei, e gostam de meter etiquetas no seu bem entender que eu tive isto e aquilo. O meu lado profissional não define-me como pessoa nem a vida que levei. O meu lado profissional é simplesmente o meu ganha pão. Claro, que elas não sabem que estou super desmotivada e que não estou a gostar daquilo, mas continuo na mesma a fazer porque preciso pagar contas. As minhas colegas tem uma imagem preconcebida de mim que não corresponde a realidade. Antes, poderia fazer-me uma certa confusão, mas agora vejo o quão ridículo isto é. Nem fazem ideia dos projectos que estou metida fora do meu trabalho, não fazem ideia sobre as minhas paixões, sobre as minhas tristezas, sobre quem realmente eu sou. O que sou lá é a minha versão profissional daquilo que faço e não o meu verdadeiro eu. E ao perceber-me disto, senti-me mais segura e mais feliz. Estou aprender que separar a vida profissional e da pessoal tem as suas vantagens e tendo em  conta que não sou uma pessoa muito dada e sou bastante reservada foi a melhor atitude que tomei, para a minha protecção. 

As pessoas são tão más! Gostam tanto comentar e dar a opinião sobre a vida dos outros e insinuar coisas, enquanto no fundo o que elas sabem da vida de uma pessoa é nada!
A verdade é que as pessoas que fazem isso são más. Rebaixar os outros, fazerem que os outros sintam-se mal, enquanto não sabem nada do que estão a falar é simplesmente um ato de maldade.
E essa é a dura realidade.

Pequenos Projectos

Ando com vários projectos em mãos. E estou bastante motivada! São projectos pessoais, que podem crescer ou não. Notei que este ano, ando a fazer mais pela minha vida do que nos anos anteriores. 

Estava a precisar deste abre olhos, para perceber que mereço mais e tentar descobrir algo. 

A minha vida não pode ser: acordar de manhã, ir trabalhar, aturar as loucas das minhas colegas e ser rebaixada dia após dia. Eu mereço muito mais do que isso! Por isso, virei o meu foco para os meus projectos pessoais. Antes estar a remoer como antes fazia, com o stress do trabalho e as coisas desagradáveis que os meus colegas fazem, estou a virar essa energia negativa para focar-me nos meus pequenos projectos. Ás vezes penso que é demasiada coisa ao mesmo tempo e que preciso de foco para cada uma dessas coisas, mas a realidade é que ando tão motivada que prefiro trabalhar um bocadinho aqui e acolá. E isto está a dar-me mais força para levantar de manhã, agora tenho um significado e algo para lutar. Também quero voltar a estudar novamente, ter mais conhecimento e subir a nível profissional. Porque neste momento, sinto-me a estagnar, não aprendo nada de novo, trabalho que nem uma louca e recebo uma miséria. Aquilo que recebo nem dá para pagar uma renda e nem contas da casa. Por isso, acho que está numa boa altura em focar-me em algo. Fiquei demasiado tempo na minha zona de conforto sem dar luta e chegou o momento para fazer frente, lançar-me a novos desafios! Quero construir algo para mim. Enquanto, a minha chefe anda a fazer-me bullying e as outras andam a passar o tempo a falar mal uns dos outros, eu ando caladinha e focada em tentar reinventar-me.

Há um ano, no trabalho tivemos que aprender a trabalhar com uma aplicação de gestão nova. Ninguém passou o conhecimento sobre a aplicação. E as minhas colegas não quiseram perder tempo  e nem tiveram vontade de aprender a trabalhar com aquilo. 

E sendo assim, mandaram-me as tarefas para cima de mim para eu andar a bater com a cabeça nas paredes até conseguir atinar com aquilo. E assim que atinei com aquilo, tive que ensinar-lhes como mexer. Elas não tiveram a curiosidade em ir à descoberta, simplesmente esperaram que eu fizesse o trabalho todo e depois explicasse como funcionava. Tanto que isso deu-me um poder de conhecimento da aplicação que elas não têm. Depois desse trabalho todo e do stress que tive, quem ficou como Focal Point da aplicação foi uma delas. 

E hoje em dia, a minha colega farta-se de perguntar coisas e pedir apontamentos e passar o trabalho chato que tem com a aplicação para cima de mim. E quando é necessário falar com alguém, pede-me para explicar-lhe, para saber o que dizer. 

Até os documentos de excel notam-se as diferenças. Enquanto os meus estão cheios de formação e bem formulados, os dela estão desorganizados e nada coesivos. 

O mais injusto disso é que a chefe sabe dessa situação e apoia. 

E explicou que ela tem que ser o Focal Point, porque assim tem a possibilidade de trabalhar a partir de casa. Enquanto eu, não posso dar a esse luxo. Tenho que estar ali, porque é necessário. 

Sinto-me tão frustrada!

Farto-me de trabalhar, de mostrar um bom trabalho e no final levo uma palmadinhas nas costas e as minhas colegas levam com as relíquias todas. Não acho isto justo e nem o correcto!

O que sinto por ti é algo avassalador e assustador.

Opinião alheia

Lembro-me desde de nova dar importância ao que os outros pensam de mim, não conseguia pensar por mim própria e baseava-me nas opiniões dos outros. Sentia uma necessidade enorme de ser aceite e que gostassem de mim. 

Houve uns anos em que tentei dar a volta a esse problema e começar ser dona do meu próprio nariz. Mas essas alterações não foram de um dia para o outro. Tive um processo doloroso e ainda estou nesse processo. Estou bastante melhor ao que estava.

Há momentos que sinto essa necessidade dentro de mim a querer falar mais alto, mas ando aprender a dar a volta por cima. Apercebi-me que as vozes que tenho dentro de mim pertencem aos outros e não a mim mesma. As criticas que tenho dentro de mim são as criticas e as opiniões dos outros. Ouvi muitas barbaridades e ao longo do tempo essas barbaridades tornaram-se as vozes negativas que oiço. 

A minha Team Leader gosta muito de dar a opinião dela sobre a minha vida pessoal, quando eu não peço nada. Obviamente, que falta-lhe o bom senso e a educação para estar calada. Há uns tempos atrás estávamos numa conversa de circunstância em que revelei a minha paixão pela leitura mas ela acusou-me de estar a mentir para parecer uma intelectual que nas sextas à noite fico em casa a ler um livro com um copo de vinho. Nem sequei gosto de vinho! Se isso acontecesse uns anos atrás, ia remoer-me cá dentro, mas nos dias de hoje, passou-me ao lado. Não me identifico com aquilo que ela disse e nem sequer argumentei e nem justifiquei-me, achei que não valia a pena e não tinha nada que estar a dar justificações, eu sei o que sou, não é uma pessoa alheia que vai ditar aquilo que gosto ou não fazer porque baseia-se na opinião dela. Eu não sou o meu trabalho, eu sou alguém fora dali! O trabalho não me define como pessoa e nem os meus gostos. E não é a opinião dela e dos outros que vai definir-me como pessoa! Sinto que estou a crescer a esse nível, como já não me afecta os comentários dela sobre o meu almoço que trago de casa. Eu não pedi a opinião, mas ela gosta de dar a opinião e acho isso uma falta de educação, de estar argumentar e reparar nas coisas que eu como. Mas isso acontece a todos nós. Pessoas que parecem que sabem mais da nossa vida do que nos próprios. Eu sei o que eu sou e não preciso de ninguém que diga aquilo que gosto ou não. 

Revoltada

Sinto uma enorme revolta! Uma pessoa é dedicada e empenhada no trabalho e o que recebo em troca?! A posição de andar a tapar os buracos. Sou a única que vai voltar ao local de trabalho, enquanto as outras vão continuar em casa. E dão a desculpa que sou a escolhida porque sou a pessoa que trabalha melhor enquanto as outras desempenham mal as suas funções. Poderia levar isso para o lado positivo, mas a questão aqui é que não vou ser aumentada este ano e nem se quer estão a considerar os meus problemas de saúde e nem as pessoas de risco que vivem comigo. Enquanto as outras, são umas péssimas profissionais, vão ficar em casa no bem bom e a continuarem a receber o ordenado. Pelo menos, que houvesse rotação, mas nem isso. Eu é que sou a sacrificada! É injusto! Uma pessoa é dedicada e esforça-se para fazer um bom trabalho e no final leva uma palmadinhas nas costas.

Vou mudar a minha atitude, antes utilizar a energia que tenho dentro de mim para auto destruir-me, vou utilizar para reinventar-me e tentar fazer aquilo que já deveria ter feito e modificar o rumo das coisas. 

Fiz mal a mim própria ao guardar a frustração que sentia, as noites mal dormidas, os ataques de ansiedade e a depressão. Chegou o momento em dizer basta! Tenho que fazer qualquer coisa por mim. Estou nesta situação, porque fui eu própria que meti-me nela. Tenho que ser mais cuidadosa com as minhas escolhas e não ficar parada com este sentimento de revolta que vai acabar por destruir-me aos poucos e poucos.

Quem quer namorar com o agricultor

Não sei o que se passa na cabeça daquela malta que vai para reality shows a pensar que vai encontrar o amor da sua vida. Se é tão difícil encontrar a pessoa certa na vida real, não será certamente um reality show que vai fazer a diferença.

Avaliação

Hoje tive a minha avaliação no trabalho e o feedback que obtive foi bom. Fartei-me de receber elogios sobre o meu trabalho. Mas quando chegou o momento para falar em questões monetárias foi-me negado um aumento devido a esta situação toda. Sou muito boa a fazer o meu trabalho mas vou continuar a receber o mesmo! É o que as empresas gostam, de pessoas dedicadas e a pagarem uma miséria. Muitos patrões vão aproveitar desta situação para utilizar como desculpa para não darem aumentos.  Acredito que naquelas empresas onde o negócio está parado que sofra com isso. Mas aquelas que continuam operacionais com os serviços activos, é triste utilizarem esse argumento como desculpa. 

Mas há uma situação pior do que esta! A minha colega que não faz nada e passa a maior parte do tempo a dormir no local de trabalho, não teve uma avaliação má porque não querem despedir a coitada! Com tanta gente no fundo desemprego e pessoas competentes a irem para a rua devido a situação que estamos e aquela que não mexe um dedo e nem sequer faz o trabalho dela, tem pena de a mandarem para a rua! É injusto! Para muitas pessoas por aí que fizeram seu o trabalho e virem para rua enquanto está aqui uma que não faz nada e recebe por isso!

Há certas coisas que fazem-me bastante comichão! E depois calha-me a mim estar a fazer o meu trabalho e o dela. Se ela trabalha-se e esforça-se mais era uma questão totalmente diferente, mas parece que este mundo pertence aos espertos!

Depois de andar a trabalhar aos fins-de-semana vieram agora as ordens de meter alguns dias de férias por causa desta situação toda. Se concordo com isso?! Não! 

Mas o que hei-de fazer quando são ordens do chefe e quando deixa bem claro que são para ser cumpridas, não posso fazer nada! Só seguir as ordens.

Nem tudo é mau, nos meus dias de férias, tive a oportunidade de começar um novo projecto pessoal. É o que alegra-me nestes dias e dá-me motivação. Não é um projecto para os outros é um projecto para mim e que pode fazer-me crescer a nível pessoal. 

E também aproveitei para meter as minhas leituras em dia.

Espero que desse lado esteja tudo bem.

Com esta situação toda, é um abre olhos para ver que tipo de empresa onde estou inserida. Uma grande empresa conhecida por todos e de renome mas na verdade é uma empresa que tapa os olhos a muitos. A sala onde estou a trabalhar não é limpa há séculos, os caixotes do lixo não são despejados. E tenho que passar 8 horas dentro daquele sala com mais um colega. A tentar fazer o nosso trabalho e o trabalho das colegas, que estão em casa com o rabiosque no sofá. É desumano obrigarem-me a ir trabalhar para um sitio assim num sábado que não vai ser remunerado. Entrou um colega novo e ele já aprendeu como as outras, a encostar a mim, à espera que faça o trabalho todo. Não aguento mais! Sinto que estou a matar-me aos poucos e poucos. Cada dia que passa, olho-me ao espelho e não consigo reconhecer o meu reflexo. Envelheci bastante e perdi a juventude derivado ao stress que sou submetida dia após dia. Vejo esta situação toda como um abre olhos! Sei que mereço algo melhor, a vida não é simplesmente só acordar de manhã e ir trabalhar para um lugar deplorável onde está cheio de víboras e de mau profissionalismo. Estou a perder a minha juventude, o meu tempo junto dos meus e dos meus hobbies por algo que não me dá o devido valor. Não quero um simples "Obrigado pelo esforço que fizeste!" e nem uma palmadinha nas costas. Sei que mereço bem mais do que isso! E pelo meu bem, esta situação toda deu-me força de vontade de fazer algo mais, deu-me um objectivo! Em conseguir arranjar um lugar melhor e longe dali. É uma inspiração para encontrar um novo desafio!

Sinto-me melhor ao ter um objectivo especifico, que é sair dali!

Feliz Dia da Mulher!

"Dear woman, look at yourself in the mirror and be your own favourite person. Every curve, every freckle, every hair on your skin. Because you are worth your tears, your laughter, your joys and your pains. You are worth the broken roads you've traveled, the nights you've spent alone with a bottle of champagne, the times you climbed out of graves. You are worth the smiles only you see, the ones you generously share, then all the others in between. You're worth the love that's meant for you and the pains you've broken through. Dear woman, look at yourself; you love you.”
― C. JoyBell C.

Para ele

Cada dia que passa consegues magoar-me de várias maneiras. Desvalorizas-me bastante, mas eu tento ser forte e tentar amar-me mais e tentar mentalizar-me que eu preciso alguém que trate-me com respeito e amor. Para ti, não significo nada, não passo de alguém que menosprezas. A maneira fria que ignoras-me e os comentários que mandas, faz-me doer cá dentro. E vejo nos teus olhos que isso dá-te prazer. Tens uma maneira sádica de fazer sofrer a pessoa que gosta de ti.  

Consigo perceber que tipo de pessoa que és, só pela maneira como escolhes as pessoas com  quem queres passar o tempo. Passar o tempo com aquelas víboras, que são tão mesquinhas e superficiais diz como és. E sempre a defende-las e a elogia-las, quando fui eu que tive a fazer tudo e elas ficam com os créditos. Nem isso dás valor. Não me dás valor. Só dás valor a pessoas mesquinhas que tentam fazer mal aos outros e que espalham mexericos. 

Não sinto inveja por preferires a elas do que a mim. De gostares delas e de mim não. Isso não me causa inveja mas sim uma dor cá dentro. Nem estou chateada contigo nem nada, estou é magoada. 

A dor que sinto não é algo que se esquece facilmente. Só o tempo é que poderá curar a minha alma. 

A partir deste momento as coisas não vão voltar a ser o que eram antes. 

E com o tempo tudo ficará melhor mas as coisas não serão as mesmas. 

Quero focar mais em mim e na minha vida e deixar o tempo fazer o seu papel. 

Agora é que foi de vez! 

Adeus AF.

Assédio moral no trabalho

Acredito que há muitas pessoas por aí que sofram deste mal. 

Eu própria, sofro disso no local de trabalho, pela parte da Team Leader e com as colegas que trabalho em conjunto.

É uma situação complicada e frustrante, que deita qualquer um abaixo.

Há dias piores do que outros, mas aprendi que quando chego a casa, a melhor maneira de abstrair-me do dia da treta, é ir enfiar-me nas minhas leituras. Pode não ser a melhor maneira ou a maneira perfeita que resulte para todos. Mas para mim tem resultado e sinto-me muito melhor com esta minha escapatória. E quiçá não dará umas belas técnicas para lidar com aquelas pessoas ranhosas.

O assédio moral não é só comigo! Entrou um colega novo e as minhas colegas fazem igualmente o assédio moral, mas fazem mil vezes pior. Até parece perseguição.

Mas as piores até agora são três: a arrogante da Team Leader, a cabeça oca e a ranhosa adormecida. 

A ranhosa adormecida passa o tempo todo a dormir. Não faz nada! Fala muito para demonstrar que faz algo mas na realidade passa o tempo a dormir.

Já o nome da cabeça oca diz tudo! Não pensa e nem tem sentido critico. Acredito, que ela é daquelas pessoas que se mandarem para atirar para um poço, ela própria faz! E para mostrar que muitas vezes tem razão no debate, gosta de levantar a voz, faltar ao respeito e faz ataques desnecessários. Gosta de mandar o trabalho dela para cima de mim para não fazer nada. E depois fica com os louros e como é bastante faladora passa a ideia que ela é que faz e eu não faço nada. Gosta de mostrar-se superior aos outros mas uma pessoa inteligente consegue perceber que ali, naquela cabecinha não existe nada! 

A arrogante da team leader farta-se de gabar do trabalho dela e menospreza os trabalhos dos outros. Quando uma pessoa tenta falar com ela e falar dos objectivos alcançados e do bom trabalho ela menospreza logo e deita uma pessoa abaixo. Não consegue saudar a equipa com afirmações positivas, menospreza-nos e gaba-se que foi ela que fez o bom trabalho e não os outros. 

Ela é uma pessoa negativa e isso reflecte-se no trabalho. Está sempre a perseguir e a manipular para fazermos o que ela quer. Fala num tom arrogante e superior do género "eu sou a melhor e os outros são lixo!". Está sempre a julgar e a criticar. 

Houve alturas que nem queria ir trabalhar porque estava de rastos psicologicamente só por aturar-la. Gosta de falar com os outros sobre nós, das nossas falhas e a criar mexericos. É uma pessoa extremamente tóxica!

Já a conhecia antes de ser team leader, era minha colega e mesmo nessa altura já manipulava-me para não tirar férias no Natal. Para não ir passar o Natal com a minha família, a razão que ela dava é que ia ficar com muito trabalho e não estava lá para ajuda-la e que o chefe ia mandar fazer o meu trabalho. E na realidade isso nunca aconteceu. Não ficou com o meu trabalho e nem tinha quase trabalho para fazer. Já aí mostrava a sua atitude tóxica e da importância só com ela própria. Como uma pessoa é capaz de querer que outra pessoa, não fosse para a terra passar o Natal com a família e que passa-se cá sozinha só porque sim. Ela nem sequer ficou carregada com trabalho. Nessa altura, ainda considerava como minha amiga, até ficar a saber que ela andava a contar as minhas coisas aos outros. As conversas que tínhamos por telemóvel eram reencaminhas para outras pessoas. Doeu bastante essas atitudes.

Há pessoas que conseguem enganar os outros e que não mostram o que são realmente, ela foi uma pessoa desse tipo.

Ouvir um moço com cabeça a falar tão abertamente das suas experiências amorosas foi a melhor terapia que tive até hoje para acentuar a dor de um coração partido. 

Ao ouvir a opinião e a falar tão abertamente fez-me pensar que a vida é mesmo assim e que continua em frente. E no futuro iremos encontrar muitas pessoas. 

O olhar querido, os sorrisos e o carinho que demonstrou pela minha amiga fez-me acreditar que nem tudo está perdido. 

Que homens ajuizados ainda há por aí. E por mais que tentemos seguir um rumo  a vida gosta de pregar umas pequenas surpresas. Temos que reconhecer o nosso valor e não dar importância a pessoas que nos menosprezam e que olhem para mulheres como um objecto. Temos que gostar realmente de nós próprios para dizer um BASTA! 

É viver um dia de cada vez. 

Nada melhor que vir uma pessoa de fora para dar-nos um abanão para voltarmos a ficar focados.

Desabafo deprimente

Odeio-te mas apercebi-me que não foi culpa tua. Não posso culpar-te por um simples olhar. Doí-me imenso perceber que aquele momento não significou nada e só houve significado na minha cabeça.

Odeio-me por estar a fazer progressos, depois da carta despedida que escrevi e bastou um olhar para esquecer todo o sofrimento que causaste-me e voltei a estaca zero. Mas hoje deste-me mais uma prova para não ser parva e perceber que aquilo não significou nada. Deixei-me levar por algo que não existia. Não posso culpar-te por um olhar que não foi intencional e que nem sequer deves ter apercebido. Mas hoje deste a prova que foram coisas da minha cabeça. 

Fizeste-me sentir a solidão. 

A solidão não é algo que se sente quando estamos sozinhos mas sim quando estamos rodeadas de pessoas, é nesse momento que a solidão aparece para atormentar-nos. 

E foi esse sentimento que fizeste-me sentir hoje. 

Estavas todo contente a falar com pessoas que fazem o que querem de mim, enquanto estava ali sozinha numa solidão tremenda. 

Até ele, que estava ao teu lado reparou e tentou meter-se comigo para não sentir tão sozinha enquanto tu nem quiseste saber. Mas uma atitude vale mais do que olhares e isso mostrou-me que preciso continuar a lutar por esse sentimento, que quero retirar dentro de mim. Tive uma recaída mas não posso culpar-te, foi culpa minha por não ter um raciocínio lógico e deixar as emoções falarem mais alto. Mas penso que isto até foi bom acontecer. As vezes é preciso doer bastante para conseguirmos enfrentar a realidade.

Muitas das vezes fico parva com a lógica da batata das minhas colegas.

Hoje uma das personagens comentou, que o nosso colega, que chegou ontem à noite de uma viagem de trabalho, tinha que vir trabalhar hoje de manhã. 

Porque uma viagem de trabalho não cansa! O que cansa é  pessoas com filhos e casadas. Sendo ele solteiro e sem filhos, logo  não pode estar exausto. 

Claro que a dita cuja está tão estafada da sua vida domestica que antes de fazer o trabalho dela está a dormir à frente do portátil! Por outras palavras, a empresa está a pagar-lhe para ela dormir no local de trabalho. Parece que é perfeitamente aceitável para a criatura dormir na secretária enquanto os outros matam-se a trabalhar.

A outra personagem é tão cabeça oca que tenta arranjar desculpas do género da lógica da batata para não fazer o trabalho dela.

E ainda há outra que argumenta que o Pinterest é um site de tutoriais enquanto não aceita que é uma rede social de partilha de imagens. 

É tão frustrante lidar com pessoas que acham-se espertas, cultas e inteligentes, enquanto na realidade são pessoas que quando abrem a boca só saem barbaridades. São completamente ignorantes, não conseguem aceitar opiniões dos outros e estão sempre prontas para apontar o dedo enquanto nem sequer tem noção do que estão a falar.

Maldito

Muitas das vezes o meu coração é ingénuo. Basta uma cruzada de olhares para começar a bater mais forte e acreditar em algo que não existe. E depois tenta influenciar-me  e dar-me esperanças onde não há. Maldito coração!

Hoje tive uma pequena tagarelice com uma colega de trabalho, na qual, ela tentava persuadir-me para fazer-lhe companhia numa  formação, cujo o tema não me interessava. Mantive-me sempre a minha postura do "Desculpa mas não estou interessada". Mas ela bem tentou mudar-me de ideias, que até mandou esta maravilhosa frase "Conhecimento nunca é demais".
O que é bastante irónico alguém dizer isso quando se tem orgulho em admitir que não gosta de ler e que os livros servem para combater insónias. Basta ler a primeira frase de um livro para o sono aparecer.
Na minha humilde opinião os livros são uma fonte de conhecimento.

The experience of reading is transformed when you get lost in the imaginary story, and  then look up to see your world with new eyes.

- Jamie Cat Callan

"Certa vez perguntaram a Albert Einstein como é que poderíamos tornar os nossos filhos inteligentes. A sua resposta foi tão simples como sensata: <<Se quiserem que os vossos filhos sejam inteligentes>>, disse, <<leiam-lhes contos de fadas. Se quiserem que sejam ainda mais inteligentes, leiam-lhes mais contos de fadas.>>"

- Neil Gaiman

Dizem que chorar faz bem. 

E por experiência própria, posso dizer que ao fim de uma crise forte de choro sinto-me muito mais calma e aliviada. Não sei se é por deitar todas as emoções cá para fora ou se é pelo cansaço de chorar. 

Love yourself and life falls into place.

Não é a primeira vez que vejo pessoas a meterem fotos no instagram e com textos que nada tem haver com o cenário da foto. 

É a mesma coisa se eu chegar aqui e meter uma fotografia minha em biquíni  e por baixo ter um texto sobre livros.

"Se encontrasse numa situação difícil, num lugar desagradável, rodeado de pessoas que não gostam de si e alguém lhe oferecesse uma fuga temporária, não a aceitaria? A ficção escapista é apenas isso: é a ficção que abre uma porta, mostra a luz do sol lá fora, que lhe oferece um lugar para onde ir e onde controla as coisas, com pessoas com as quais quer estar (e não tenha dúvidas de que os livros são lugares reais)." 

- Neil Gaiman

Mentes vazias

Tenho uma colega que quando não gosta de ouvir alguma opinião ou algo que não lhe agrada, levanta a voz e começa a falar como se tivesse a falar para a filha de 5 anos. Enquanto a pessoa do outro lado está super calma a tentar ter uma conversa a outra perde logo a sua compostura e transforma-se numa maníaca aos berros. É difícil lidar com ela. 

Uma pessoa que passa o tempo no trabalho a falar da vida dela como se tivesse uma vida fabulosa mas na realidade é só triste. É uma pessoa com uma mente vazia, que detesta livros e que adora passar os seus tempos livres em "festas". Ela própria gaba-se que é a mulher perfeita para os homens porque está sempre pronta para as festas e jantaradas enquanto as outras estão sempre em casa a tratar da lida doméstica ou a descansar. Aqui vê-se que a criatura não é lá muito inteligente. 

Não gosto de julgar as pessoas, mas pessoas do género dela não consigo evitar e tenho sempre uma má imagem. 

Já a presenciei a mentir a descarada e a meter outras pessoas em risco para se safar. Não consegue admitir o erro e nem pedir desculpas. Para mim, mostra uma falta de valores morais.  

É tão difícil lidar com uma pessoa assim que até cansa! Bem tento em ter uma conversa séria mas é difícil quando do outro lado é alguém sem ideias e sem pensamento crítico. Mas aprendi que o melhor remédio é sorrir e acenar.

Coisas de pequena

Quando era pequenita adorava filmes de acção onde a personagem principal tinha que ser uma mulher e com uns dotes de artes marciais. Adorava esse tipo de coisas porque era uma inspiração para mim. Queria ser forte como elas e dona do meu próprio nariz. E pela ironia da vida, tornei-me no oposto, tenho baixa auto-estima  e no qual tento lutar.

O tempo voa aos Domingos!

Finalmente Sexta-Feira

Adoro as sextas-feiras!! Isso quer dizer que nos dois dias seguintes vou estar sossegada sem aturar as loucas das minhas colegas. E nem ter que fazer o trabalho da treta que faço. Sou sincera não gosto muito do que faço e nem da minha vida como está neste momento. Por isso, aproveito sempre o fim-de-semana pare recompor energias para as batalhas da próxima semana e tento sempre reflectir e ver as possibilidades que tenho para tentar alcançar uma vida digna.

Bom-fim-de-semana!!!

Há pessoas quando estão tristes ou super stressadas gostam de comprar roupas ou sapatos. No meu caso, gosto de comprar livros.

Há dias que chego a casa exausta e cheia de dores de cabeça. E não é por causa do trabalho! 

É de ter que aturar as loucas das minhas colegas. Cada uma com a sua loucura! 

A team leader quando está nos seus dias não, é insuportável de aturar. Farta-se de dizer asneiras e chamar nomes às pessoas. Parece surreal mas é verdade. A outra passa a maior parte do tempo a falar da vida dela, como se fosse uma emoção e cheia de aventuras! Mas na realidade é uma vida bastante aborrecida. Gosta muito de responder as perguntas do trabalho dos outros e nem sequer deixa os outros falar só para mostrar trabalho. E por fim, a ultima delas passa o dia todo no facebook e a ver lojas online. E gosta perguntar aos outros o que andam a fazer para mostrar que ela anda a trabalhar e os outros não.

Dá para ver que o meu dia a dia é super emocionante! 

O que safa-me desta balbúrdia é chegar a casa e refugiar-me no mundo dos livros com o meu bichano ao lado.

Uma pessoa mata-se a trabalhar enquanto as outras duas estão na coscuvilhice e no facebook.
E no final quem é que leva os créditos todos? Elas...

Waiting on someone forever can allow you to miss someone great.

2020

Para este ano novo tenho bastante objectivos a cumprir e para dedicar. 

Quero que este ano seja produtivo e que não seja como os outros, que quando olho para trás é tudo tão monótono.

Um dos meus objectivos é dedicar-me mais à minha escrita, ler mais e aprender coisas novas.

Quero viver novas aventuras, conhecer novos mundos e aprender coisas novas.

Desejo-vos um  ano repleto de aventuras. Vivem a vida, aproveitem as coisas boas e que 2020 seja o nosso ano!