terça-feira, 17 de novembro de 2020

Quando cheguei ao trabalho após as minhas férias, estava em paz e bem comigo mesma. E bastou só dois dias para meter-me numa pilha de nervos. Só dois dias!
Em apenas dois dias ouvi barbaridades atrás de barbaridades. Para começar, tive que ouvir as queixas de uma colega sobre outra. E o mais irónico é que ela queixa-se dos outros enquanto ela própria faz a mesma coisa. Queixa-se que os outros vão as compras ao invés estarem a trabalhar remotamente. Ela também faz o mesmo! E teve o descaramento de o dizer a mim enquanto precisava dela. E o mais revoltante, é que neste tempo de pandemia, tive sempre que arriscar e ir trabalhar para o local de trabalho, enquanto ela não. Desde que isto tudo começou, nunca meteu os pés no local de trabalho, porque é uma pessoa de risco e sendo alguém de risco tem que ficar a trabalhar a partir de casa. Mas no seu entender, ela é só de risco para ir trabalhar, porque para ir as compras ou para ir passear com as amigas já não se considera uma pessoa de risco e faz tudo a grande.
Hoje, pediu-me ajuda no trabalho com a desculpa de ter tanto trabalho que nem consegue ir a esteticista fazer a depilação. 
E queixa-se que os outros estão a fazer coisas durante o trabalho, enquanto ela admite que queria ir a esteticista no horário laboral. É irónico!
E além disso, ela é daquelas pessoas que são difíceis de lidar. Quando as coisas não estão como ela gosta ou se tivermos o azar de nos enganarmos em alguma coisa, somos invadidos por uma gritaria. 
Foi o que aconteceu-me hoje e fiquei numa pilha de nervos. Tenho que admitir, não gosto de conflitos, e nem sei lidar emocionalmente com essas situações. Principalmente, com pessoas que são umas peixeiras. Estava em uma chamada com a dita cuja, e durante a conversa descobri que enganei-me a fazer uma coisa e comuniquei. E de repente parece que estou a falar com uma maníaca e não com uma pessoa civilizada. Começa com uma gritaria infernal e faltou-me ao respeito. Ao contrário dela, fui mais inteligente e respondi sempre educadamente e sem levantar o tom de voz. E com esta atitude, não consegui acalmar a louca. Tive que ter uma atitude mais extrema, ignorar. E foi aí, que a louca parou de gritar e começou a falar normalmente. Foi uma situação bastante complicada. E fiquei completamente esgotada. Não sei lidar bem com pessoas que são idiotas. Não foi um comportamento nada aceitável e nem profissional. Só mostrou ser uma pessoa desequilibrada, e com falta de profissionalismo.
É com isto que tenho que lidar no meu dia a dia. A minha sorte é o meu refúgio literário que salva-me destes loucos.

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