Retrospetiva de 2020

Sinto que este ano foi muito mais produtivo que os outros. Aprendi coisas novas, descobri novas paixões e li bastante. A minha lista de favoritos cresceu bastante neste ano. Voltei a escrever o que vai na alma e foi um alivio. Sinto-me bastante bem quando escrevo. Comecei um novo projeto e tenho outros projetos em preparação e em mente. Comecei nesta pequena aventura como um escape ao meu trabalho que tem um ambiente bastante tóxico. É algo que motiva e dá-me alegria. São projetos que tem capacidade para evoluir. Percebi que a minha saúde mental como a física anda a degredar-se devido ao stress, a ansiedade e da toxicidade das pessoas que tenho lidar no meu dia-a-dia no trabalho. Até o meu próprio médico aconselhou-me a mudar de trabalho e procurar algo que dê melhor qualidade de vida, para o meu próprio bem. É um objetivo que tenho para o próximo ano.

Fortaleci laços de amizade que estavam esquecidos. Descobri pessoas que dão uma energia positiva e boa. Sinto que cresci bastante a nível pessoal e tornei-me forte. Ao isolar-me abafei as vozes que gostavam de definir-me como pessoa, ao estar mais vezes sozinha consegui descobrir quem realmente sou e não aquilo  que os outros afirmam. Fez-me ter mais confiança, algo que nunca imaginei que iria ter. 

A filha da minha colega, teve em contacto com outra criança infetada com Covid. A inteligente da minha colega ignorou a questão da quarentena, e foi para fora com a criança e mais x pessoas para celebrar a passagem de ano. Porque na cabeça da dita cuja a festa é mais importante do que a saúde dos outros.
Pessoas assim é o que há mais por aí. 

As minhas colegas cansam-me mais do que deviam. São umas sugadores de energia, fico sempre cansada ao falar com elas.

 

Posso considerar que esta é uma das minhas frases favoritas e que ajudou-me bastante a refletir. 
Ao viver, num mundo onde a maior parte das pessoas são insensíveis, sem empatia pelo próximo e com um ego de inferiorizar os outros, é fácil sermos apanhados num turbilhão de emoções nada positivas.
Falo por experiência própria. Desde que lembro-me, deixei que os outros pudessem inferiorizar-me, as minhas necessidades eram inferiores comparando com as deles. E senti-me sempre que não era merecedora de muita coisa. Mas depois de ler esta frase, ajudou-me a refletir e dizer não. E comecei a mudar lentamente.
Ao lidar com pessoas mesquinhas no meu dia a dia, vi que elas não são mais do que eu, e quando tentam inferiorizar-me porque sou o alvo mais fácil, significa mais o quão horrível são como pessoas do que eu ser um alguém inferior.
Por isso, é que sou reservada. Não escolho qualquer um para entrar na minha vida, quando menos souberem e mais afastada estiver melhor para a minha saúde mental.

Elogiar com segundas intenções não é um elogio

Uma colega minha ficou com a ideia de ter uma má imagem após um conflito que teve com outra colega. E de um dia para o outro, começou  enviar mensagens elogiadoras a  mim e a outro colega, a dizer que fazemos um bom trabalho e a agradecer-nos.
Como sou ingénua, acreditei e fiquei bastante agradecida. Mas deveria duvidar de alguém que já demonstrou ser uma pessoa horrível. Ter uma boa ação de um momento para o outro não era bom sinal. As palavras também podem ser falsas. E foi o que aconteceu! As palavras eram uma falsidade.
Ela teve o descaramento de dizer-me que fez isso com o objetivo de mostrar a chefe as mensagens que mandou e que assim demonstrava ser boa pessoa e não alguém conflituosa. E até poderíamos dar um bom feedback dela.
Isto foi um abre olhos! Quando pensava que já tinha visto de tudo as pessoas conseguem sempre surpreender-me. Já sabia que ela era uma falsa, mas pensava que a falsidade poderia ter um limite mas afinal enganei-me.

Olá Dezembro

É nesta altura que sento-me ao pé da lareira e da árvore natal, a ler um livro e deliciar-me com uma caneca de chocolate quente. 
É o meu momento perfeito.